Mas mesmo animais são adotados e abandonados. Já recebi alunos internos, de instituições, é muito triste ver que por fugirem do estereótipo bebê claro, menina, recém-nascido, crianças um pouco mais velhas ficam relegadas crescerem em instituições. Lembro de um ano que meus alunos de quatro anos, no dia dos pais, ao falarem o que mais gostavam nos mesmos, ficava, citando aspectos materiais, tipo gosto dele pois comprou carro, boneco, mochila de rodinha para mim. . Justo o que morava em instituição fez a cartinha, recadinho mais linda: Pai, eu te amo, brinca comigo, solta pipa, fica comigo. Só não adotei o menino, pois ele ainda tem mãe viva, que não decide nem se fica com ele, nem se o entrega para adoção. Não a culpabilizo, ela cresceu na mesma instituição onde deixou o filho, lembro que em uma reunião desenhou uma casa, pois era o que queria dar ao filho. Porém problemas como vício em drogas, desestruturavam por demais sua vida. Adoção é algo extremamente sério, envolve doação, criar vínculos, cativar e curar um coraçãozinho muitas vezes machucado e por isso arredio. Envolve querer construir um mundo melhor, mais seguro, para aquela criança e para nós mesmos. Envolve responsabilidades. E as envolvidas em adotar um ser humano, são mais intensas. Estrela para esta reflexão fantástica.